"É muito comum, a idéia central do “Fazer a diferença” remeter nossas expectativas mentais a construção de grandes obras, grandes realizações. Automaticamente fazemos correlações com as pessoas que temos como modelo de conduta e de sucesso. Então fazer a diferença pode exigir um esforço tamanho que acabamos deitados na rede esperando a vontade passar, pois afinal, erradicar a fome do planeta, descobrir a cura do câncer ou ganhar um prêmio Nobel são tarefas que exigem tamanha dedicação e entrega que preferimos deixar esta idéia de fazer a diferença para os diferenciados... Puro engano, grande equívoco!

 

Certa vez Mahatma Gandhi pronunciou a seguinte frase para os seus seguidores: “Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo”...

 

Esta simples frase carrega na sua essência o sentido central do fazer a diferença no mundo e remete a um dos pilares principais da Educação em Valores Humanos que é o princípio do Dharma- O caminho da retidão e da coerência entre pensamento, palavra e ação. O que determina se estamos cumprindo nossa tarefa (de fazer a diferença) não é tanto o que fazemos, e sim como fazemos. Você não precisa fazer nada de excepcional, mas sim realizar suas tarefas com sua marca pessoal, a tal coerência citada anteriormente. Basta refletirmos sobre a frase de Gandhi e transformarmos nossas ações em reflexos de nossos valores e de nossos ideais, desta forma acabamos por contagiar outras pessoas, afinal, toda mudança do coletivo nasce de uma ação individual, ou seja, a mudança precisa ocorrer primeiramente no indivíduo para depois se manifestar na coletividade. E justamente por esta razão que temos muita responsabilidade em cada um dos nossos atos e consequentemente com a mudança que desejamos ver acontecendo no mundo. "   

                                     Wilson Verissimo Calé.